terça-feira, 21 de maio de 2013

[Diário de Leitura #001] Sandman - Neil Gaiman

AVISO: spoilers por todos os lados!

Na minha infância e adolescência, eu lia muitas histórias em quadrinhos. Lia Homem-Aranha, X-Men, Spaw, Wolverine, Demolidor e sei lá mais o que. Meu pai tinha uma banca de revistas, então eu tinha acesso a tudo e lia tudo. Mas a banca se foi há mais ou menos cinco anos, e fazia cinco anos que eu não lia uma única revistinha em quadrinhos americana. Até que eu assisti a esse video quest sobre Sandman, e resolvi que leria as revistinhas.
Eu já tinha ouvido falar de Sandman há muito tempo. Desde a primeira matéria que li a respeito, senti uma admiração e curiosidade enormes por essa história de um deus dos sonhos (na verdade não é bem isso, mas eu achava que era). Anos depois, um livro escrito pelo mesmo autor caiu em minhas mãos, e fiquei bastante impressionada ao saber que um autor de revistas em quadrinhos podia escrever daquele jeito. Comecei a ler todos os livros dele. Simplesmente me apaixonei pelo estilo e pelo modo de pensar de Neil Gaiman, e a cada vez mais minha curiosidade sobre Sandman aumentava. Até que vi o vídeo dos rapazes e pensei "isso é um sinal". Eu não podia realmente dizer "eu gosto de Neil Gaiman" sem ter lido as revistas. Não consegui dinheiro para comprar, então baixei todas elas (não me prendam) e, assim que acabaram minhas aulas, comecei a ler.
E foi aí que eu fiz uma grande besteira.
Nessa mesma época, eu estava lendo um livro (Herança, quarto livro do Ciclo da Herança). Tinha esperado ansiosa e impacientemente por esse livro, e finalmente estava com ele em mãos. Tinha acabado de começar. Como tinha a "obrigação" com Sandman, eu pensei "ok, é só uma revista em quadrinhos. Eu leio uma ou duas a cada pausa que eu fizer no livro".
Ilusão.
Eu li a primeira, a segunda, a terceira e já era. Não conseguia parar. Abandonei o livro, e só percebi o que estava acontecendo quando eu já tinha lido mais de vinte das setenta e cinco revistinhas. Quando me dei conta disso, me obriguei a ler um pouco do livro - e me arrependi. Como estava no clima de Sandman, comecei a achar Herança fraco, chato, me irritei com seus personagens, simplesmente porque era outro tipo de história. Naquele momento não era o que eu queria. Eu queria Sandman.
Se isso quer dizer que eu gostei da revista? É, eu gostei. Gostei tanto que compraria a compilação de luxo, se tivesse como, mesmo já tendo lido todas elas. Compraria as edições brasileiras & as americanas.

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Estrutura da história:
Existem 10 arcos, cada um com uma história própria e com uma quantidade variável de revistas. Em cada arco, as histórias contadas em cada revista PODEM ter a ver com a história do arco, mas algumas vezes é mostrado uma história que não tem nada a ver com o que está acontecendo naquele momento. Da mesma forma, a série como um todo fala sobre Morpheus (o Sonho), mas em várias revistas ele mal aparece, tendo um papel secundário. Mesmo para quem está acostumado com quadrinhos americanos, Sandman é muito estranho.
Embora muitas vezes seja apresentada como uma história não-linear, ela tem uma sequência cronológica bem definida. O primeiro arco, Prelúdios & Noturnos, começa com Sonho sendo aprisionado (por engano, pois o alvo era sua irmã Morte) por um humano bruxo. Ele fica confinado por cerca de setenta anos, até que consegue escapar. A partir daí a história mostra, neste arco e nos próximos, o que acontece depois - um arco é temporalmente posterior ao arco anterior. Porém, dentro dos arcos, algumas histórias se passam em tempos passados, e não se trata de lembranças ou flashbacks, e sim de uma revista inteira, no meio de um arco, que simplesmente "muda de assunto" - embora todas essas histórias paralelas sejam retomadas posteriormente, tendo importância no tempo atual.
Outra coisa curiosa é que algumas histórias de Sandman se passam em regiões atemporais, de forma que personagens de épocas diferentes se encontram. Achei esse conceito simplesmente fantástico! Falando de conceitos fantásticos, o Sonhar (e a imaginação de Neil Gaiman) consegue muitas vezes dar um nó na cabeça de quem está lendo. Algumas pessoas na verdade são lugares, pessoas que engravidam no sonho ficam grávidas na vida real, pessoas que morrem podem ir parar no Sonhar, e por aí vai. O próprio Morpheus é um conceito difícil de ser entendido: ele não é um Deus dos Sonhos, ele é o sonho. Tanto que danos ao mundo dos sonhos o ferem diretamente, pois são danos a ele. Ele é a personificação do sonho. Cada pessoa que o olha o vê de uma forma diferente (embora sempre seja a figura de um cara imponente e sombrio). Acho particularmente interessante os capítulos que o mostram aparecendo como animais, pois um ser de uma espécie o vê como alguém da sua espécie. O mesmo acontece com os seis irmãos de Morpheus. Cada um deles é a personificação de um ato, e juntos eles são os Sete Perpétuos (em ordem de "nascença": Destino, Morte, Sonho, Destruição, Desejo, Desespero e Delírio).

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Lendo Sandman:
Começo eu, feliz e contente, a ler Sandman. Já tinha alguma ideia do que esperar, mas a primeira edição foi totalmente diferente do que eu imaginava. Eu não sabia que a história começava com Sandman aprisionado, nem que havia de fato uma história principal - achei que fosse só um monte de histórias sem nexo misturadas, e não é nada disso. A história já começa bem séria e cheia de referências que não são da minha época, mas algumas das referências dessa primeira edição eu conhecia por causa, acredite ou não, das músicas de Raul Seixas (não pergunte).
A primeira cena em que Sandman aparece é quando os bruxos o aprisionam por engano (eles queriam a irmã mais velha dele, a Morte). E também foi muito diferente do que eu imaginei, ele estava usando aquele capacete bizarro que ele chama de elmo, mais parecia um alienígena, sei lá. Ele consegue escapar depois de mais ou menos setenta anos (pouca coisa para um cara que tem, tipo, bilhões de anos), e aí ele aparece sem o elmo e com a imagem que eu já esperava dele (e os traços usados nos desenhos dessa edição me é muito familiar, eu devo conhece o desenhista por outros trabalhos). Ele se vinga (várias vezes no curso da história é mostrado que os Perpétuos são vingativos pra caramba) e para isso usa um dos conceitos mais fantásticos que eu já tinha visto: ele condena o seu antigo captor a um "eterno despertar". Funciona assim: o cara acha que está acordado, mas aí começa a acontecer um monte de coisas horrorosas e ele acorda, e descobre que estava tendo um pesadelo. Aí ele acha que está tudo bem, mas mais coisas ruins acontecem e ele acorda de novo, e acorda de novo, e acorda de novo...
A primeira edição acabou por aí e conseguiu minha aprovação, embora ainda não tivesse conseguido minha fascinação. A fascinação veio na edição sete, mais especificamente na cena em que Sandman luta com John Dee e este, ao destruir o rubi de Sandman na tentativa de mata-lo, acaba devolvendo a ele todo o poder e é mostrado um Morpheus gigante segurando Dee na palma da mão. Essa é a minha cena preferida e acho que tem uma mensagem muito interessante nela, algo como a insignificância dos mortais em relação ao Sonho (ou alguma coisa parecida que não sei pôr em palavras). Depois dessa cena, qualquer esperança que eu tivesse de parar de ler Sandman e voltar a ler o livro que eu estava lendo antes simplesmente evaporou.
Imediatamente depois dessa edição, vem uma história que eu gosto muito e que é muito importante: aquela em que, pela primeira vez, aparece outro Perpétuo, a Morte. O mais legal nessa história é a relação entre Morte e Sonho, que têm personalidades bastante diferentes mas se adoram. Depois vem outra edição que eu também gosto muito, e que é muito importante por mostrar pela primeira vez que, apesar de ser um ser superior e acima dos deuses etc, Morpheus tem um fraco por mulheres. Ele é super mulherengo, mas é um cara romântico, que acredita no amor (nem tinha como ser diferente, sendo o Rei dos Sonhos). E seja qual for o critério dele para se apaixonar (se é que existe), é incompreensível para reles humanos, porque ele se envolve com mulheres dos mais variados tipos ao longo da história.
Depois dessas duas edições com histórias "soltas", vem mais uma série (ou um arco), chamada Casa de Bonecas. No geral gostei desse arco, embora não o ache um dos melhores. Mas ele tem algumas particularidades que achei interessante. Primeiro, é mostrado alguns outros Perpétuos, embora de nenhum outro eu goste tanto quanto de Sonho e Morte. É mostrado também Sonho descriando um pesadelo, algo que eu achei muito interessante, porque o pesadelo era um ser completo com personalidade e emoções, mas  comete uma série de atitudes repreensíveis e Morpheus simplesmente desfaz sua existência (adoro essas demonstrações de poder). É mostrado também uma pessoa que na verdade é um lugar nos sonhos (cara esse conceito é muito legal e difícil pra caramba de compreender). É mostrado uma mulher que engravida de verdade dentro de um sonho. E tem uma convenção de psicopatas, cara, você imagina o que é, para alguém como eu, ler uma história em que aparece uma convenção de psicopatas? Convenção de verdade, com palestras, mesa-redonda e tudo o mais. Fiquei emocionada.
Nesse mesmo arco, também achei muito legal a parte em que o Morpheus salva a Rose Walker. Mas como eu disse, ele tem algumas peculiaridades, e uma das mais bizarras é que a edição 14 simplesmente conta uma história que não tem nada a ver com o resto do arco. Se passa na idade média e mostra como Sonho conheceu um cara que viria a se tornar um de seus melhores amigos, mas apesar de ser uma história legal, não tem nada, nada, NADA A VER com o que está acontecendo, meu deus Neil Gaiman o que você quer fazer com seus leitores? É como estar assistindo, sei lá, House, e um belo dia o episódio da semana é sobre Aliens. Você fica com uma cara de "o que que está acontecendo aqui?".
Depois dessa fase, temos algumas histórias soltas. Uma edição, que gostei embora tenha achado os traços horrorosos, fala sobre Calíope, uma ex-amante de Morpheus; outra, que além de ser legal achei interessante por mostrar Morpheus na forma de um gato, fala sobre uma teoria muito louca de que se mil gatos sonhassem que são dominantes no mundo, eles transformariam a realidade de forma que as coisas passariam a ser assim (na verdade é bem mais complexo do que isso, mas não vou explicar aqui); depois vem Sonhos de uma Noite de Verão, que eu não gosto (achei meio chato e não gosto de Shakespeare); depois vem uma muito legal chamada Fachada, sobre uma mulher que pode transformar sua pele em qualquer material menos em tecido humano, o que faz com que ela viva um tormento horrível; e finalmente começa mais um arco, chamado Estação das Brumas.
Estação das Brumas é um arco muito importante e de que gostei muito, no qual Morpheus vai ao inferno resgatar sua amada Nada, a qual ele amava tanto, mas tanto, que tinha condenado à tortura eterna no inferno por ela não querer ficar com ele. O problema é que ele estava "de mal" de Lúcifer (nada sério, o máximo que poderia acontecer era um matar o outro) então essa ida ao inferno poderia ser, digamos, mal sucedida. Mas, em uma reviravolta do destino e em uma atitude muito louca, Lúcifer fala "cansei dessa parada" e vai embora do inferno! No processo, ele expulsa todas as almas e demônios de lá, tranca o lugar e dá a chave para Morpheus. Isso gera um caos enorme, é engraçadíssimo. Foi uma das fases de que mais gostei. Embora nela também tenha uma edição meio "solta", na qual é mostrado a volta dos mortos em uma escola (mas tem a ver com o que está acontecendo na série, então não é tão aleatória assim).
Aí vem três edições seguidas com histórias soltas. Nenhuma eu achei ótima, mas nenhuma é muito ruim - são só, digamos, sem graça. E aí vem um arco inteiro que eu de-tes-tei, algumas revistas eu lia pulando páginas de tão chato que eu achei. É o arco Um Jogo de Você, que mostra uma história meio nada a ver de uma mulher que tinha uns sonhos e agora parou de sonhar e o país dos sonhos dela está prestes a ser dominado por um ser maligno. Na minha humilde opinião, ficou parecendo aqueles desenhos infantis sem pé nem cabeça (mas que eu gostava muito quando era menor). A única coisa que gostei nesse arco foi o final, onde Sandman aparece e desfaz o sonho. Foi uma cena muito legal e a descrição dela também é muito bonita. Mas de resto, acho uma história medíocre.
Em seguida vem mais uma sequência de três histórias soltas, sendo a primeira legal, a segunda bem chatinha e a terceira tão fantástica que se tornou uma das minha preferidas. Nessa, Eva e Abel contam histórias para o bebê Daniel (filho da mulher que engravidou nos sonhos, e consequentemente filho do Morpheus). Tem várias coisas interessantes nessa edição, mas a melhor é Abel contando uma versão infantil da história dele e de seu irmão. Aparece uma "versão criança" de Morte e Sonho, é a coisa mais fofa!
Em seguida vem um dos arcos mais importantes - ou melhor, o primeiro de uma série de três arcos que são decisivos para a história, e que desembocam no último arco.
Este arco se chama Vidas Breves, e nele Sonho parte com sua irmã mais nova, Delírio, em busca de Destruição, seu irmão desaparecido. Esse arco é muito bom, tem muita coisa boa e não vou descrever tudo aqui. Só vou dizer que é impagável ver as conversas entre Sonho e Delírio, e ver os dois andando pelo mundo real. Além disso, no final desse arco Sonho mata o próprio filho  (por pedido do próprio), o que gera consequências terríveis e o faz ficar arrasado - é uma das sequências mais tristes de toda a história.
Ao fim dessa série, temos mais uma revista com uma história solta (que eu não gosto), e começa outro arco chamado Fim do Mundo, que eu detesto. É basicamente um grupo de pessoas perdidas que vai vai parar em uma cabana fora do tempo (me lembrou o conceito do Restaurante no Fim do Universo, do Guia do Mochileiro das Galáxias), e começam a contar histórias para passar o tempo. Eu não curto muito esse negócio de pessoas sentadas ao redor de uma fogueira (no caso, de uma mesa) contando histórias. Achei esse arco muito chato porque Morpheus praticamente não aparece. Só gostei da história que conta o sonho de uma cidade (um conceito muito legal e perturbador) e da última edição, quando mostra um velório nos céus. Ainda não se sabe, mas esse é o velório do Sonho, e é uma cena linda, ver seres que são mais do que deuses se movendo pelo céu. Fora isso, achei esse arco dispensável (confesso que algumas histórias eu nem li, só passei as páginas).
E ai começa um outro arco chamado Entes Queridos, que é o mais importante e acho que também é o maior. É o arco em que o Sandman morre.
Existem duas coisas muito importantes que devo dizer sobre esse arco: o desenho é HORRÍVEL e a história é PERFEITA. Qualquer tentativa de descrever o que acontece nesse arco não conseguiria passar a verdadeira essência da história. Tem tantas referências, tantas mensagens subliminares, tanta filosofia por trás que acho que preciso ler mais umas dez vezes para conseguir compreender tudo. Mas o ponto principal é que o Sonho é destruído, meio que por culpa e desejo dele mesmo. A cena final, dele conversando com a Morte, é linda. E após sua morte, ele ressurge usando a essência de seu filho Daniel, que passa a ser o novo Sonho. Mas o importante aqui é que não é um "novo" Sandman, é o mesmo, mas sob outra perspectiva. Esse novo Sonho existiu desde o inicio dos tempos. É um conceito muito profundo que até eu ainda não consegui entender completamente. Uma coisa é você saber do que se trata, outra coisa é compreender completamente as implicações disso.
Eu fiquei muito perturbada com esse arco, porque estava apaixonada gostava muito do Morpheus, da imagem dele e daquela personalidade melancólica, e não gostei de ver ele morrer de um jeito tão triste. Mas ao mesmo tempo foi um alívio que ele merecia ter, porque só assim ele pôde finalmente mudar. O novo Sonho tem uma aparência um pouco diferente - ele se veste de branco - e uma personalidade mais doce, mais carinhosa, talvez até mais gentil. Se Morpheus era a personificação de um Sonho agridoce e melancólico, o novo Sonho é a personificação de sonhos calmos e talvez até felizes. Eu gostava do outro Sonho como se gosta de um amante misterioso e sombrio; desse novo Sonho, gosto como se gosta de um irmão mais novo.
O último arco, Despertar, mostra o funeral de Morpheus, a adaptação do novo Sonho e termina com algumas histórias soltas, mostrando o fechamento de alguns personagens.
O funeral de Morpheus é profundamente emocionante e belíssimo. Confesso que fiquei com lágrimas nos olhos (quer dizer, no nível em que uma pessoa externamente fria como eu pode ficar com lágrimas nos olhos) durante os discursos, as reações dos amigos ao saberem, das despedidas...
As duas histórias finais são meio soltas, e acho dispensáveis. Poderia ter terminado na antepenúltima edição, que mostra o que acontece com Hob, um dos (raros) grandes amigos de Morpheus.

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IMPRESSÕES FINAIS:
Como deu para entender do texto gigantesco, eu gostei muito de Sandman. Acho que vai ser uma daquelas obras que vai me influenciar pelo resto da vida.
Terminar de ler a série me deu aquela típica sensação de vazio, e fui procurar algumas fanfictions para ler. Me surpreendi bastante ao encontrar algum material de qualidade espalhado por aí. Eu mesma escrevi uma, que publiquei aqui, e embora nem se compare às histórias originais, me deu um certo alívio escreve-la - como se a história continuasse, mesmo já tendo acabado.
Enfim: Sandman, assim como tudo o que já li de Neil Gaiman, merece muito ser lido. Mas não o leia como uma "grande obra", leia-o apenas como uma revista em quadrinhos normal; a grandiosidade e a admiração virá naturalmente, conforme a leitura evoluir.

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COMENTÁRIOS EXTRAS:
Uma coisa muito estranha que aconteceu foi que, enquanto eu lia as primeiras edições, tive uma sensação de deja-vu, como se já tivesse visto aquilo em algum lugar. E quando li a edição 9 (Histórias na Areia), eu descobri que pelo menos aquela edição eu realmente tinha lido. Se foi nessa ou em outra vida, eu não sei. De qualquer forma acho que era muito pequena, e lembro de ter odiado a história - não entendi absolutamente nada!

Na edição 40 (Convergência), onde Eva e Abel contam histórias para o pequeno Daniel, há uma cena em que Matthew pergunta a Eva se eles são mesmo os personagens bíblicos, e como a história de Adão e Eva se encaixa com toda a questão da evolução, dinossauros etc. Então Abel começa a falar, dizendo "Oh, isso não foi na Terra, foi...", mas Caim não o deixa terminar. Rapaz, essa frase me deu umas ideias muito loucas! E se de fato a história da criação aconteceu, mas não aqui? E se chegou aqui, quem a trouxe? Minha cabeça borbulha com essas ideias. Dá para escrever um texto inteiro só sobre isso.

Apesar de ser uma história adulta e bastante séria, Sandman está cheio de momentos fofos! As broncas que Morte dá em Sonho, Abel contando uma história deles crianças, o novo Sonho todo meiguinho...

As capas de Sandman são muito bizarras.

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