quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Livros

Eu gosto muito de ler. Desde antes de saber ler eu já gostava. O primeiro livro de verdade que eu li foi O Menino no Espelho, quando eu tinha quatro anos. Eu tinha certo orgulho de conseguir ler livros "grandes" (com mais de cem páginas na época), entender a história e ainda gostar disso.
Isso é ótimo para uma criança, ainda mais uma criança extremamente agitada como eu sou era. Ler me proporcionava longos momentos de paz. E pela lógica, quanto mais velha eu ficasse, mais eu leria, certo?
Errado!
Minha taxa de leitura hoje é ridícula. Desde que entrei na UFES, não ultrapasso os dez livros por ano! É simplesmente uma vergonha para alguém que no ensino médio lia quase essa quantidade por mês. Ok, no ensino médio eu não fazia nada da vida, mas isso não é desculpa. Dez livros por ano é menos de um livro por mês! O que acontece?
O que acontece é que quando não estou na UFES, estou estudando. Quando não estou estudando, estou trabalhando. Quando não estou trabalhando, estou fazendo algo (importante!) na internet. Quando não estou na internet, estou comendo. Quando não estou comendo, estou vendo filme. E quando não estou fazendo nada disso, provavelmente estou na rua ou na casa de amigos.
A tudo isso, some-se o detalhe de que eu sou extremamente lerda para fazer qualquer coisa e perco a concentração muito facilmente.
Estou tentando melhorar, tentando voltar a ler como lia antes. Lembro de quando li Edgar Allan Poe pela primeira vez (um dia ainda escrevo sobre isso). Ou de quando li praticamente todos os livros de Fernando Sabino, um atrás do outro. O Grande Mentecapto foi um dos livros que mais marcou minha vida, assim como Encontro Marcado. E Harry Potter? Que falta sinto de uma série que me empogue como Harry Potter, que consiga me acompanhar durante dez anos como fez Harry Potter.
Nem vou comentar sobre os livros de Fernando Veríssimo. Ganhei livros dele em vários natais e aniversários, e eram os melhores presentes que alguém poderia me dar. Ganhei livros do Harry Potter também. Meus pais compravam muitos livros para mim.
Hoje, pouquíssimas pessoas me dão presentes, e mesmo entre esses, pouquíssimos me dão livros. Fico muito triste com isso. Um livro ganhado sempre tem um gostinho mais especial do que um livro escolhido.
Estou tentando voltar a ler. Minha meta de leitura para esse ano ainda está longe de ser alcançada, mas tenho esperanças. Voltarei a ser a menina que deixa de fazer qualquer coisa para ler. É uma promessa.

* * * * *

Eu ia chegar a uma conclusão quando comecei a escrever este post, mas demorei para terminar e acabei esquecendo que conclusão seria essa.
Aproveitando o tema, tenho agradecimentos especiais a fazer à Aline T., minha companheira de leituras e escritas; à Alinezinha, pelos maravilhosos livros emprestados e por também ser minha companheira de leituras; à Jo-chan, por me prometer emprestar os livros legais dela (eu quero ler igual a você, Jo!); e por fim aos meus pais, que cultivaram os livros em mim desde que eu era pequena demais para segurar um sozinha.

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