segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Coisas antigas e sonhos estranhos

Hoje eu tive um sonho estranho.
Pra começar, parecia que o sonho se passava no futuro, talvez uns dez anos no futuro. Por outro lado, eu parecia ser mais nova do que sou hoje. Estávamos eu, meus pais e minha irmã visitando o antigo lugar em que eu morava, e lá tudo estava completamente diferente. Era tudo muito colorido e cheio de luzes, como se estivéssemos no centro de uma cidade às vésperas do Natal. Havia muita gente nas ruas, e as lojas eram outras. Uma delas, que existe mesmo e é uma lanchonete, estava totalmente diferente: ao invés de um trailer com mesinhas na frente, haviam construido uma loja mesmo, só que as paredes eram todas de vidro, de forma que dava para ver tudo lá dentro. Eu ficava fascinada com aquilo, porque as luzes das outras lojas ficavam refletindo no vidro, dando um efeito muito bonito.
Nós atravessamos a rua e fomos para uma loja que, na vida real, é uma loja de bijuterias, mas que no sonho eu não sei dizer o que era. Então chegou um dos meus tios, acompanhado de várias pessoas, trazendo um carrinho de neném muito maior do que um carrinho normal. Dentro havia dois bebês, e no sonho eu sabia quem eram os pais deles, mas quando acordei já não conseguia me lembrar. Um dos bebês devia ter uns oito ou nove meses, e o outro tinha oito dias. Eu peguei o bebê maior no colo, mas ele era muito pesado para mim, então o entreguei para meu tio. Detalhe: como em todos os meus sonhos, os "adultos" eram muito maiores do que eu, como se eu fosse uma criancinha de quatro anos. Mas eu não era criança, era eu mesma.Todos os meus sonhos são assim.
Depois de entregar o bebê para o meu tio, eu peguei o outro bebê, de oito dias. Ele era igual a um bebê mais velho, só que em miniatura. Era tão pequeno que parecia que ia quebrar só de eu encostar nele. Eu fiquei segurando ele, brincando com ele, e meu pai falou que eu tinha que segurar de um jeito certo, fazendo a cabeça dele ficar deitada no meu ombro. Eu tentei, mas não consegui de jeito nenhum (mesmo na vida real, não tenho muito jeito com bebês). Então o coloquei de volta no carrinho, e eu e meus pais decidimos ir ver outras lojas, mais para a frente.
Nesse ponto, o sonho mudou completamente. Eu não estava mais no lugar em que morava; agora, eu estava em frente à UFES, prestes a atravessar a rua. Estava esperando o sinal abrir, quando olhei para o lado e vi um rapaz que tive a impressão de conhecer, mas que não conseguia lembrar quem era (mais um absurdo: no sonho ele era exatamente igual a quando o conheci e eu com certeza o reconheceria). Ele me viu e também me reconheceu, e começou a conversar comigo, mas eu ainda não tinha certeza de quem ele era. Ele falou "Você não lembra de mim? A gente estudou juntos no terceiro ano", e eu lembrei. É claro! Na vida real, ele era um dos meus melhores amigos naquela época, como eu poderia esquecer? Nós nos abraçamos, e no sonho eu sentia uma felicidade quase absurda por reencontrá-lo. Ficamos conversando por bastante tempo, e uma hora ele falou "Olha quem está ali". Quando olhei, atrás de nós estavam três garotas que também estudaram com a gente naquela época. Todos nós ficamos nos abraçando e conversando, e eu estava feliz como se tivesse finalmente encontrado algo que havia procurado a minha vida inteira. Nós atravessamos a rua e fomos até uma sorveteria enorme do outro lado (e que não existe na vida real), para tomar sorvete e comemorar o reencontro. Na sorveteria era tudo multi-colorido, havia sorvetes de todos os sabores imagináveis, e havia tortas de sorvete, bolos de sorvete, e uma infinidade de coisas que eu adoraria ter em casa todos os dias. Nós ficamos tomando sorvete e conversando, e então eu acordei.

-------------------------//------------------------------

Agora, alguém por favor me explique: como é que alguém sonha com pessoas que não vê há uns cinco anos? Claro que não tinha apagado essas pessoas da cabeça, até porque éramos muito amigos, mas com o tempo a gente devia ir esquecendo, não é? Já fazia um tempo que não pensava neles, e agora esse sonho. Droga. Acordei morrendo de saudades deles. Com saudades daquela época, quando as coisas pareciam ser mais simples, nós estávamos sempre juntos e entrar na UFES ainda parecia um sonho impossível. Foi uma boa época. E olha que odeio nostalgia.

Nenhum comentário: