quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Sonho...

Sonho bizarro do dia: eu estava em um lugar que parecia uma rodoviária, e parecia ser de noite. Eu tinha acabado de sair de um ônibus, e tinha que pegar outro. Havia muita gente, pessoas andando de um lado para o outro, e havia alguns amigos meus comigo, mas não eram ninguém que eu conheça de verdade. Quando eu subi no ônibus, não era mais um ônibus, era um trem. Ele estava prestes a sair, e, quando olhei pela porta, vi uma criança muito pequena andando perdida e fui correndo até ela.
Não tenho muita certeza sobre essa parte, só sei que de repente a criança não era mais uma criança, era um bebê de colo, e estava peladinho, só com uns panos cobrindo ele. Eu estava segurando ele, e ele ria pra mim, era muito fofo. Então eu ia até um lugar que devia ser o Achados & Perdidos da rodoviária, e dizia que o bebê estava perdido. Aí a mulher que estava lá me dizia que ele não estava perdido, e sim que ele não podia sair de lá, porque ele era judeu e se ele saísse de lá os militares iam matá-lo. Eu fiquei desesperada: como alguém poderia matar um bebê tão fofo? Então a mulher me explicou que ele já estava ali na rodoviária a dez anos, e que eram os pássaros que cuidavam dele. Eu disse que ia levar ele embora comigo de trem, e ela disse "você não pode, os soldados não vão deixar". Então eu escondi o bebê dentro da camisa e fui correndo com ele para o trem. Antes de entrar, ainda ouvi a mulher gritando "cuidado com os cachorros!". E o trem saiu.
Muda a cena. Eu estou em frente à escola em que estudei aos quinze anos, mas aquilo não é mais uma escola, é um quartel do exército. Eu desço do trem, que se transforma em um ônibus assim que eu saio dele. Estou no centro comercial (pequeno aglomerado de lojas aqui no bairro onde moro), mas tem algo errado. Há coisas quebradas por todos os lados. Agora só tem um dos meus amigos comigo, e, se não me engano, é um personagem de uma das histórias que escrevo para a minha irmã, chamado Victor. Ele é menor do que eu esperava.
(Essa cena é cortada. Fico vendo cenas de guerras, como se estivesse em dois lugares ao mesmo tempo. Parece que os soldados estão indo atrás da gente, pegar o bebê).
Aparece a mesma mulher que estava na rodoviária, mas usa agora uma roupa indiana e um turbante. Ela diz que os soldados vão pegar o bebê e retalhá-lo, porque os braços do bebê são bons para fazer cordas para puxar os tanques.
Eu começo a chorar, imaginando o bebê todo retalhadinho, e digo que isso não pode acontecer. Então ela diz que só existe um meio de salvar o bebê: se Hitler adotá-lo. Porque Hitler não gosta de judeus, mas ele gosta de pegar os bebês judeus e adotá-los como mascotes. Aí eu chamo Hitler com a força do meu pensamento, e ele vem, saindo da minha antiga escola.
Hitler usa um uniforme militar e aquele bigodinho típico. É muito menor do que eu, não deve bater nem no meu ombro. Ele diz "então esse é um bebê judeu!", e dá uma gargalhada maligna. Eu digo que quero que ele adote o bebê ao invés de matá-lo, e ele pergunta se eu sou inglesa. Eu digo que não, que sou alemã de sangue puro, o que é claramente verdade graças aos meus olhos muito azuis, e ele parece satisfeito. Meus olhos estão realmente azuis, e ele parece não notar meu cabelo cacheado nem o fato de eu não ser loira. Pega o bebê, olha para ele com um ar maligno, diz "sim, eu vou cuidar dele" e dá outra gargalhada ainda mais malígna. Eu começo a chorar, e ele leva o bebê embora.
Só quando ele já se foi, levando o bebê, eu penso na possibilidade de que ele o mate ao invés de cuidar dele. Vem a imagem de Hitler chegando em seu quarto e jogando o bebê na lareira, indiferente. Começo a chorar, e a mulher de turbante diz "eu te avisei". O meu amigo, personagem da minha história, põe a mão no meu ombro e diz "não chora". E eu acordo.

Um comentário:

Viola disse...

kkk
Deu mole, se você falasse que era um conto ao invés de um sonho, talvez ganhasse uma indicação ao nobel de literatura.

xD