quarta-feira, 21 de abril de 2010

Sexo no Ônibus

Meu Deus, que título. O número de visitas ao blog vai triplicar essa semana. Imagino a cara da pessoa que procura "sexo no ônibus" no google e dá direto nesse texto.

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Eu estava em pé no ônibus, e um homem que estava sentado se ofereceu para segurar o que eu tinha na mão, fosse o que fosse. Acho que era o fichário, mas isso não importa. Agradeci, e começamos a conversar. Depois de alguns minutos a pessoa ao lado dele desceu, e eu me sentei. E continuamos conversando.
No início, a conversa era absolutamente comum. O homem também parecia comum, embora falasse um pouco demais para um homem. Só que ele começou a se empolgar e se empolgar, e a conversa começou a tomar rumos absurdos.
-- Hoje em dia - ele dizia - as pessoas fazem muita pose, acham que velho é tudo conservador. Pois na minha época não era assim não. A primeira pessoa que falou de sexo comigo foi a minha avó.
Ok, a avó dele falava de sexo com ele. Até aí, normal. Minha avó também fala de sexo comigo.
-- Um dia - ele disse, depois de dizer um monte de coisas que eu não me lembro mais - eu conheci uma garota na casa de um amigo meu. Foi paixão a primeira vista. Aliás, paixão não. Foi desejo mesmo, aquela coisa bem carnal. No mesmo dia a gente foi pra casa da minha avó e ficamos uma semana inteira lá, transando sem parar. Foi só sexo mesmo, aquele fogo... Mas eu não devia estar te dizendo isso, você é uma criança.
-- Não, tenho vinte e dois anos.
-- Ah, então você sabe o que é sexo. - não, eu não sabia, eu achava que os bebês eram trazidos pela cegonha - Então foi isso, aquele fogo todo, a gente só transando e transando, e na casa da minha avó. Não sei como a gente não quebrou a cama. A gente só fazia sexo e bebia, não comíamos nada. Devo ter emagrecido uns dez quilos. Mas depois daquilo ela foi pra casa dela, eu fui pra minha casa, e a gente nunca mais se viu. A gente se encontrou na rua umas vezes, dizemos "oi" e pronto. Porque sexo é só isso mesmo.
Se você diz.
-- Eu sei.
-- Você não é crente, é?
-- Não mesmo.
-- Ah, que bom. Porque senão você ia achar que eu sou algum pecador. Agora, no máximo acha que eu sou maluco.
-- Imagina.
Imagina. Contar suas aventuras sexuais para uma garota vinte anos mais nova que você nunca viu na vida dentro de um ônibus? Normal.
-- Mas é assim mesmo. Eu só tenho dois vícios: sexo e bebida. O pessoal fala que beber é ruim, mas quer saber? Eu bebo mesmo. Assumido. Bebo e transo. E sou muito feliz assim.
-- Que bom.
Fiquei torcendo para que ele não me convidasse para fazer nenhuma das duas coisas. Não que eu não bebesse, mas não gostaria de beber com ele. E gostaria menos ainda de fazer sexo com ele.
Felizmente nessa hora o celular dele tocou. Ele atendeu, e depois pareceu ficar muito triste.
-- Eu vou ter que descer no terminal. - ele se levantou - Tchau, querida. Adorei conversar com você.
-- Eu também. - sorri simpaticamente, pensando em que tipo de conversa ele estava pensando, uma vez que tinha sido quase um monólogo da parte dele. Depois ele desceu, e nunca mais o vi.

Um comentário:

Ruffy disse...

HGSDFGKLGHDKLGHSHDJHKDHKGSHDJFGSKDFGHSKDFHGKDKDFGKJDHGJKDHFGJKHFGSHGSDJKFHGKJDFHGKJDHFGJKHDFGSDHFJKHGKHSDFJKGSHDFGHSJKDFJK!

Juro que morri com isso!
(Ruffy aqui, by the way)

Talvez tivesse sido apenas um desabafo. Tslvez tivesse sido uma indireta pra que você então respondesse: "Äi, mas se eu fosse essa menina, uma semana não me satisfaria, gatinho. Hehe."...

Va (Tô usando netbook aqui e ele não tem todos os acentos, por ser teclado americano! T-T) saber. Pobre - e nojento - senhor...

Mas, lmao.
Vou comentando nos posts que eu ler, pouco a pouco. =D