segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Uma Decepção e Meia Múmia


Já faz um tempo, eu andava louca para assistir Harry Potter e o Enigma do Príncipe. Quis ir ver no cinema, mas não pude, e depois que saiu em dvd, ainda não tinha conseguido alugar. Era simplesmente impossível alugar. Visto isso, comprei o filme com um carinha que baixa da internet e vende por três reais (se eu tivesse alugado, eu ia copiar de qualquer jeito e ia gastar bem mais) e fui assistir, com a minha irmã e o meu pai.
Desde que vi o primeiro filme do Harry Potter, eu passei a ler todos os livros. Então, o único filme que vi antes de ler o livro foi o primeiro. Mas sempre assisti aos filmes consciente de que aquilo era um adaptação, e adaptações não são perfeitas. Ficava meio triste quando uma cena era cortada, ou outra era modificada, e sempre achei os livros melhores do que os filmes, mas vistos isoladamente, os filmes eram bons. Não fantásticos, nem extraordinários, mas muito bons.
Harry Potter e o Enigma do Príncipe foi um dos livros que mais gostei da série. É difícil dizer um só que seja o melhor, mas esse foi um dos melhores. Minha expctativa em relação ao filme era grande, embora eu estivesse preparada para prováveis pecados, como cortes de cenas que eu gostava e o não aparecimento de alguns assuntos e personagens. Mas nada me prepararia para o que o filme realmente era.
Se eu fosse resumir o filme em uma só palavra, eu diria horrível. É o que o filme é, como adaptação e como filme. A história foi mutilada e costurada de uma forma totalmente sem nexo. A impressão que dá é que o diretor nunca tinha nem ouvido falar de Harry Potter, e que folheou o livro, escolheu algumas cenas aleatórias, e as costurou de qualquer jeito para tentar formar uma história. Não sei se quem não leu o livro conseguiu entender alguma coisa, porque havia partes das quais eu não me lembrava, e eu tinha que me esforçar para conseguir entender o que estava acontecendo.
Até a atuação dos atores estava ruim - sinal, para mim, de que o problema foi realmente na direção. Cortaram cenas desnecessariamente. Cortaram a cena da luta entre os comensais da morte e os alunos no castelo, o que é absurdo. Modificaram cenas sem necessidade. O beijo da Gina e do Harry virou uma coisa ridícula de crianças de dez anos, a cena é totalmente diferente da que está no livro, e o romance dos dois ficou completamente apagado. Em nenhum momento, durante o filme, Harry desconfia de Snape, sendo que essa é uma das grandes questões do livro. Aliás, Snape está parecendo um zumbi durante o filme inteiro, completamente sem ação e sem presença. Quando Harry  e Draco lutam no banheiro, e Harry quase mata o outro com um golpe aprendido no livro do Príncipe Mestiço, ao invés de punir Harry e exigir satisfações, Snape simplesmente fica olhando com uma cara de idiota para ele, e Harry sai correndo e não se fala mais nisso.
O próprio título do filme ficou sem sentido. Quase não se fala no Príncipe Mestiço. Fala-se do livro, não do Príncipe, e ninguém parece interessado em saber quem ele é - ao contrário do que acontece no livro. Também não há a cena em que Dumbledore usa a penseira para mostrar a Harry a família de Voldemort. Não se fala, em nenhum momento, da família de Voldemort. Aliás, quase não se fala de Voldemort.
A capa da invisibilidade sumiu. Esqueceram-se completamente dela. Esqueceram-se também de Remo Lupin e Tonks, que vivem um romance mal-resolvido e que Harry só descobre no final. Esqueceram-se do enterro de Dumbledore. Ah, claro. A cena da morte de Dumbledore.
Foi na cena da morte de Dumbledore que eu quase desliguei a tv. É horrível, totalmente diferente do que acontece no livro. Se a mudança fosse para melhor, ok. Se não melhorasse, mas tivesse uma justificativa razoável, ok. Mas não, a cena é horrível e teatral, além de sem sentido. Os comensais da morte entram no castelo, sem nenhum problema, e vão alegremente para o alto da torre, onde Harry e Dumbledore chegam de forma inexplicável. Parece que alguém se esqueceu de que era impossível aparatar no castelo. Como a capa da invisibilidade sumiu misteriosamente, ao invés de mandar Harry se cobrir com ela, Dumbledore o manda sair dali, sem mais explicações. Harry sai, mas fica espiando. Draco chega, morrendo de medo (tadinho) e diz que vai matar Dumbledore. Ao contrário do livro, ele não ataca logo ao chegar, fazendo Dumbledore perder a varinha. Não, isso não podia acontecer, porque originalmente Dumbledore deveria ao mesmo tempo paralisar Harry, que estava embaixo da capa, mas, como eu já disse, não tem capa. Então, Dumbledore simplesmente fica olhando para a cara de Draco, até que esse resolva atacá-lo e jogue longe sua varinha. Então chegam os comensais da morte, que estavam até então brincando pelo castelo deserto. E Harry está vendo tudo isso, e não faz nada. Chega o professor Snape, do qual Harry nunca desconfiou, sobe lá, e mata Dumbledore. Os comensais saem comemorando pelo castelo, Snape sai andando como um zumbi, Harry vai atrás, o ataca, ele não revida, e sem motivo nenhum Snape diz de repente "Eu sou o Príncipe Mestiço", e você fica pensando "e daí?". Pronto, acabou o filme.
Na verdade ainda tem mais uma cena, de Harry, Rony e Hermione batendo papo como se nada tivesse acontecido. Ah, ninguém comenta do casamento de Fleur e Gui, que abre o próximo livro. Não se fala mais em Dumbledore. Todos os atores parecem possuídos por algum feitiço que tirou suas personalidades. Por falar em feitiço, a dona do Três Vassouras, que estava enfeitiçada e tem uma participação importante na história, simplesmente não aparece. Mais uma cena ruim: a que Harry consegue a memória do professor Slugorn. Ela está no filme, mas não tem um terço da força que tem no livro.
Pra finalizar minhas reclamações, a cena da destruição d'A Toca. Que diabos foi aquilo? Essa cena não existe! Como a casa de Rony pode ser destruída, se ela aparece no próximo livro? E depois daquilo, ninguém comenta mais nada. Ao invés de colocar uma cena de luta que nunca existiu, eles podiam ter colocado a cena da luta no castelo ou do enterro de Dumbledore.
Enfim, o filme é péssimo. Tem cenas que não existem, não tem cenas importantes que deviam estar lá, cenas foram deformadas inexplicavelmente, muita coisa foi deixada de lado. A impressão que dá é que ele foi dirigido com muita má vontade, por alguém que não entendia nada da série e que não tinha o menor interesse na história. Depois dessa, tenho até medo de assistir o último filme. Dificilmente vão conseguir consertar o estrago que foi feito.


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E o oscar de Filme Bizarro que Eu Vi Na TV vai para... A Múmia III. A história é completamente louca! Não estou dizendo que o filme é ruim, e nem poderia dizer nada, porque não vi ele todo, peguei da metade pro final. Mas que é louco, isso ele é. A história se passa na China! E não tem nada a ver com a história dos dois filmes anteriores, nada mesmo! Além disso, ou estou ficando doida, ou mudaram a atriz que faz a esposa do personagem principal. Muito estranho. Mas os efeitos são legais. E é melhor do que Harry Potter e o Enigma do Príncipe.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Extraterrestres e a Evolução Humana

Eu acredito que a espécie humana teve sua evolução, ou parte dela, determinada por seres de origem extraterrena - alienígenas.
Primeiramente, é preciso provar a existência de vida extraterrena. As provas existentes, como fotografias e relatos, não são suficientes para convencer algumas pessoas, embora sejam suficientes para convencer a mim. Para sustentar meu argumento, direi apenas o seguinte: existem milhões de galáxias, com bilhões de sistemas solares e trilhões de planetas espalhados pelo universo. Dizer que apenas em nosso planeta existem as condições necessárias para o surgimento da vida é uma afirmação infundada e prepotente, e se baseia no princípio bíblico da superioridade humana. Além disso, ao afirmarem que não existem outros planetas com condições de gerar vida, os cientístas estão se referindo ao tipo de vida que existe aqui na Terra, com características orgânicas comuns a quase todas as espécies. Nada impede que, em planetas com condições totalmente adversas, tenha surgido seres vivos com características biológicas que quebram todo o paradigma conhecido da biologia.
Em seguida, uma vez que a possibilidade de vida extraterrestre em um ou mais planetas existe e é alta, seria preciso provar que seres desses planetas poderiam viajar por distâncias infinitas e chegar até aqui. Uso como exemplo a própria evolução tecnológica da nossa espécie: há pouco mais de duzentos anos atrás, seria absurdo imaginar coisas como aviões, celulares e computadores. É impossível prever o quão avançada nossa ciência estará depois de mais duzentos anos. Sendo assim, nada impede que culturas de outros planetas tenham se desenvolvido ao ponto de tornar viagens interplanetárias algo possível.
Com os argumentos acima, pressupomos, então, que existe vida inteligente fora da Terra e que esses seres tem capacidade de chegar até aqui, e provavelmente o fizeram, devido às características peculiares deste planeta e de seus habitantes. Agora vem a minha teoria: a de que seres alienígenas tiveram papel decisivo na evolução humana.
Pensemos na Terra de alguns bilhões de anos atrás, durante o surgimento dos primeiros seres vivos. No início, todos os seres tinham características relativamente semelhantes, e sua evolução aconteceu de forma mais ou menos igualitária. Apesar de os diferentes ambientes terem feito surgir seres bastante diversos, mais ou menos complexos, se olharmos a evolução de uma forma geral percebemos que ela foi bastante equilibrada. Havia, sim, seres muito mais evoluídos do que outros, mas nunca uma espécie predominante. Antes do surgimento da espécie humana, houve um equilíbrio, uma divisão do planeta entre as diversas espécies dominantes. E, então, surge a raça de símios que dará origem à nossa.
A teoria mais aceita hoje é que uma única espécie de símios deu origem tanto aos chimpanzés quanto aos humanos, tendo essa divisão ocorrido a cerca de sete milhões de anos atrás. Sabe-se que houveram várias espécies homo (homo habilis, homo erectus, homo neanderthalensis, homo sapiens) e que elas conviveram durante alguns períodos, até que o homo sapiens eliminou as outras de alguma forma e dominou o planeta. Estima-se que ele tenha surgido há cerca de quatrocentos mil anos, e tenha deixado a África há cerca de cem mil anos (de acordo com a hipótese de origem única).
Mas há pontos falhos nessa teoria. Ninguém sabe exatamente como os símios que nos deram origem evoluíram até nós. É muito mais fácil traçar a linha evolutiva dos chimpanzés - nossos primos - do que a nossa. Falta o "elo perdido". Além disso, o nível de evolução demonstrado pelos nossos ancestrais é de uma velocidade e complexidade sem par. Se estávamos todos na mesma Terra, sujeitos às mesmas condições climáticas e ao que quer que tenha acontecido naquela época, deveria ter havido pelo menos mais algumas espécies com uma notável evolução, ou - se a evolução pode ser explicada por alterações do nível de radioatividade - deveriam haver fósseis de animais com grandes anomalias. Não há. A única espécie que teve uma evolução anômala foi a humana.
Minha teoria - e de meu pai, e de mais tantos outros, com algumas modificações - é que nossa evolução teve interferência extraterrestre. Até o ponto imediatamente anterior, quando humanos e chimpanzés ainda eram uma única espécie, a evolução transcorria de forma natural. Em algum ponto, talvez antes dos símios atuais, talvez durante sua evolução, seres alienígenas usaram essas espécies para fazer algum tipo de experiência que resultaria nos seres humanos. Isso pode ter acontecido de dezenas de formas, mas o que acredito é que misturaram o material genético deles com o dos símios mais evoluídos - talvez por alguma semelhança genética - até conseguirem chegar no homo sapiens. Isso explicaria, entre outras coisas, porque tantas espécies diferentes de homo conviveram, e porque as outras desapareceram misteriosamente. Houveram várias experiências, resultando em diversos seres, que após um período de experiência, foram descartados. O homo sapiens foi o melhor resultado, e o escolhido para continuar no planeta.
Podemos verificar que o ser humano, de fato, não parece uma espécie própria do planeta, sendo antes uma anomalia. Sem habitat próprio - podemos dizer, muito vagamente, que é um mamífero terrestre - assemelha-se de certa forma às espécies que são tiradas de seu habitat e levadas a um outro lugar, que não lhes é natural. Como os caramujos que vivem aqui onde moro. Essas espécies, em um habitat que não é o delas, reproduzem-se descontroladamente, acabam com os recursos naturais e podem levar à extinção de outras espécies, em casos extremos. Da mesma forma que acontece com os seres humanos. A diferença é que, no caso destes, o planeta inteiro é o lugar estranho. Nós não temos um habitat natural.
Outro ponto interessante. Os biólogos verificam que, em todas as espécies, há um controle populacional natural. Nos primeiros anos do surgimento da espécie em determinada região - no caso desse surgimento ter sido natural - a população aumenta continuamente. Até que um pico é atingido - esse pico representando um gasto excessivo dos recursos naturais, o surgimento de predadores ou a própria limitação espacial da região - e a população começa a declinar. Quando é reduzida até certo número, tendo os recursos naturais se recuperado e o número de predadores diminuído, a população volta a aumentar, até atingir novamente o pico e voltar a diminuir, tendo sido estabelecido assim um equilíbrio espécie-meio. Isso acontece com todas as espécies que surgem naturalmente em uma região, não com espécies que são tiradas de seu habitat e levadas a outro. Uma vez que, aparentemente, desde o surgimento dos seres humanos não foi atingido em nenhum momento o equilíbrio, pode-se concluir que não surgimos naturalmente na Terra, não sendo esta, portanto, nosso habitat natural.
Há outros pontos dessa teoria que são exclusivamente meus - até onde sei - e que, portanto, podem ser mais facilmente postos em dúvida, mas que merecem atenção de qualquer forma. Essa teoria explicaria o porque da crença, desde tempos remotos, em deuses criadores. A crença corrente hoje no Ocidente é a de um deus único criador de todas as coisas, mas nos primórdios não era assim. As religiões falavam exclusivamente da criação do homem, tendo sido ele posto na Terra por seres vindo dos céus. Em muitas dessas crenças, fala-se de experiências dos deuses para produzir seres, inclusive usando-se misturas de outros animais, até chegar-se ao ser humano. Os sumérios, que foram uma das primeiras civilizações de que se tem conhecimento, acreditavam que deuses - cujas representações se pareciam demais com os relatos modernos de alienígenas - haviam criado os humanos após uma série de experiências, e os usado como escravos no início dos tempos. Além dos sumérios, todos os povos antigos têm histórias semelhantes sobre deuses e o surgimento da espécie humana. Essas histórias foram sendo modificadas e adaptadas de acordo com realidades e interesses diferentes, até chegar na história atual da bíblia. O que mais me intriga é que todos os povos de todos os tempos têm alguma história de deuses criadores. Para mim, um sinal de que fomos realmente criados, não por deuses, mas por seres vindo de outro lugar que não a Terra e provavelmente com um conhecimento e uma tecnologia muito superior à nossa, mesmo nos dias de hoje.
E por que esses seres teriam esse trabalho todo para nos criar? Poderiam haver vários motivos, desde o citado na lenda dos sumérios - o trabalho escravo - até a simples curiosidade tecnológica. Pelo mesmo motivo que os cientistas constroem aceleradores de partículas gigantes e ameaçam explodir a Terra, ou misturam um animal com uma planta e fazem um porquinho que brilha no escuro, os alienígenas nos criaram. Só para ver o que aconteceria.
E há, claro, as referências à presença alienígena em textos milenares e até na própria bíblia, onde seres do espaço são muitas vezes tomados como deuses. Fora as civilizações perdidas, como os Maias, que pareciam ter uma convivência intensa com seus criadores. Mas isso é outra história.

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Todas as referências históricas, biológicas e científicas do texto acima foram tiradas de artigos, revistas e livros lidos por mim em momentos diferentes, e dos quais não poderia fazer uma bibliografia por não os ter mais comigo. Qualquer erro, peço desculpas.

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Aos interessados em ufologia, um dos melhores livros que já li - e tenho - é Contactos Alienígenas - série Mistérios do Desconhecido, da Time-Life Books, publicado no Brasil pela Editora Abril.
Aos interessados nos sumérios e nas civilizações antigas, acabei de ler o ótimo livro A Era dos Reis Divinos (3000-1500 a.C.), da coleção História em Revista, também da Time-Life. Esta coleção tem, se não me engano, sete livros, e vai de 3000 a.C até 1000 d.C. Está aqui em casa desde que eu nasci, e só agora comecei a ler. Mas é ótima.